O Cara do Marketing

Principais tendências do marketing digital em 2016

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É impossível prever o futuro, mas em base a nossa experiência e em como foi 2015 é interessante poder analisar algumas das tendências que dominarão o marketing digital durante o próximo ano, apesar dos problemas causados pela crise econômica, o Brasil passa por um momento muito interessante nesta área com cada vez mais empresas buscando uma posição de destaque na Internet.

A expansão da base de computadores nos lares brasileiros e mais recentemente o crescimento dos acessos através de dispositivos móveis coloca o marketing digital como uma imposição para empresas de todos os tamanhos, principalmente diante da necessidade de gerar novos negócios e buscar novas oportunidades.

Estas são algumas das tendências e predições que veremos em 2016:

1. O conteúdo continuará sendo o rei

A demanda pelo conteúdo de qualidade está crescendo. Em 2016 a criação do conteúdo deveria ser uma prioridade para todas as empresas sem importar o tamanho e a indústria. O conteúdo não só é a chave para uma estratégia de inbound marketing, como também traz resultados. As empresas que têm um blog geram 67% mais oportunidades de venda mensais do que aquelas que não o fazem. O conteúdo não só ajuda as marcas com seu posicionamento digital mas também geram confiança, conseguindo com que os usuários se sintam atraídos a seus produtos ou serviços de forma mais fácil.

2. O conteúdo visual poderá melhorar seu SEO

Em 2016, o conteúdo visual terá mais importância do que a otimização de palavras chave. Dito de outra forma, ao priorizar o conteúdo visual do seu site, você também estará ganhando o beneficio de melhorar seu ranking de SEO.

As atualizações do algoritmo do Google têm dado prioridade ao conteúdo de alta qualidade. Os motores de busca utilizam o ranking orgânico analisando quanto tempo um usuário fica em um site (chamado “Dwell Time”), e quantos clicks eles fazem no resto do site para avaliar o valor da informação de um site.

Imagens, infográficos e vídeos são muito mais chamativos do que texto sem formato e portanto, é muito mais provável que um usuário sinta que essa informação é relevante para sua busca ficando mais tempo no site, fazendo mais clicks e melhorando os rankings.

3. Os usuários digitais exigirão uma experiência cada vez mais personalizada

74% dos consumidores se frustram com os sites quando o conteúdo que eles vêm neles não tem nada a ver com os seus interesses. Isto é só um dos indicadores de que a estratégia tradicional de se ajustar a todos em termos de conteúdo já não funciona.

Em um mundo onde os serviços de streaming de musica como Spotify e Pandora permitem criar listas de reprodução personalizadas e escolher as estações de radio e por outro lado os sites de e-commerce como Amazon que mostram aos compradores sugestões de compras personalizadas, está fazendo da incorporação de personalização na estratégia dos profissionais de marketing algo imprescindível.

4. O custo de PPC será cada dia maior

O investimento global em publicidade na internet aumenta 10% cada ano, porém existem regiões como os Estados Unidos, Europa e América Latina onde esse número é quase 30%. Se bem os custos de PPC variam significativamente de região a região, campanha e objetivos, a verdade é que a medida que mais empresas aumentam seu investimento digital será cada vez mais caro obter os mesmos resultados.

5. Redes sociais ainda mais ativas

As redes sociais já fazem parte do dia a dia do brasileiro e a tendência é que se tornem cada mais presentes em 2016 em função da expansão da base de dispositivos móveis no país. No caso do Facebook, mais de 70% dos acessos no Brasil são feitos através de smartphones ou tablets.

Também no comércio eletrônico devemos observar um uso cada vez maior das mídias sociais com uma integração cada vez maior às plataformas de e-commerce, principalmente em função do Botão Comprar que deve ser lançado em 2016 tanto no Twitter quanto no Facebook.

6. Haverá uma transição das propagandas tipo banners a publicidade nativa

Em 2015, foi estimado que os gastos em anúncios nativos chegaram aos $11.000 milhões de dólares e em 2016, a projeção é que está cifra chegará a $17.500 milhões de dólares.

Por outro lado, a publicidade online tradicional terá vários obstáculos para superar nos próximos anos. Por exemplo, o Google já começou a bloquear anúncios em vídeos (feitos com Adobe Flash) em seu navegador Chrome. Basicamente, o navegador atualizado pausa os anúncios de Flash de forma automática, de forma que usuários podem decidir se querem vê-los ou não.

7. Email marketing cada vez mais segmentado e responsivo

Outra tendência forte para 2016 é a segmentação cada vez maior nas campanhas de email marketing. É o fim do email marketing como veículo de comunicação em massa, como foi tratado no Brasil durante muito tempo, e o retorno da abordagem do marketing de relacionamento.

A personalização e segmentação das campanhas fará toda a diferença. Outra tendência muito forte para 2016 é a adaptação das peças publicitárias desenvolvidas para esse meio à realidade multitela e responsiva que vivemos nos dias de hoje.

8. O móbile passará a ser a “primeira tela”

Os dispositivos moveis eram chamados “a segunda tela”, mas isto está mudando. Hoje, o móvel é a primera tela para a maioria dos usuários. Basta ver que 75% das entradas no Facebook provem da publicidade móvel e é evidente que os smartphones são o centro da atenção. No brasil, este numero é menor mas está crescendo rapidamente.

Mesmo que o consumo de informação, compras e navegação continua sendo pelo computador, o móvel é o primeiro encontro que muitos potenciais clientes têm com as marcas, por isso, sua mentalidade tem que mudar e pensar primeiro em smartphones e depois em desktop.

 9. O Google já não será o único motor de busca de peso

Agora que vimos que o Facebook está trabalhando no seu próprio motor de busca, parece inevitável que as pesquisas irão alem do Google, Bing e Yahoo.

Sites como o Facebook, Twitter e YouTube já são grandes fontes de informação que têm capacidades avançadas de busca, métodos de pagamento integrados, onde consumidores podem realizar compras, conversar com seus amigos e compartilhar opiniões. Com a pesquisa avançada, virá uma experiência social mais integrada, que se expande com o comércio.

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10. Marketing terá novas fontes de informação graças aos dispositivos “wearable”

A tecnologia “wearable” (portátil ou vestível) verá uma taxa de adoção de 28% para o ano 2016. Isto significa que haverá muito mais informação que o marketing poderá analisar. Muitas empresas e marcas já confiam na eficácia dos anúncios do Facebook e Google que se baseiam nas ações digitais dos usuários. O que ocorrerá quando os anúncios possam ser segmentados de acordo com as atividades diárias de cada pessoa?

11. Os “influenciadores” passam a ser um forte canal de marketing

3% das pessoas influentes geram 90% do impacto online. Se bem que o conceito de influenciadores tem estado presente no marketing por muito tempo, já não se trata da Nike contratando o Tiger Woods, mas sim, de influenciadores de nicho, não necessariamente estrelas famosas, mas pessoas com grande influência online, com muitos seguidores e a capacidade de marcas tendências.

12. A personalização em tempo real é uma realidade que veio para ficar

As empresas já não procuram responder de forma oportuna às perguntas e comentários de seus visitantes, mas tentam prever suas necessidades e dar uma resposta a elas antes de que sejam solicitadas. Desta forma, estão “encantando” os usuários com o objetivo de que sejam futuros promotores da marca.

13. Se você fala com um vídeo, é muito melhor

Só no Facebook, mais de um bilhão de vídeos ao dia são assistidos (65% deles através de dispositivos móveis). O uso e produção de vídeos cresceu de forma exponencial nos últimos anos e as empresas estão começando a ver resultados. Por exemplo, os vídeos nas plataformas de vendas e-commerce aumentam o tamanho dos carrinhos por 174%.

14. Pequenas e médias empresas adotarão definitivamente o marketing digital

Que o marketing na Internet já era uma tendência ninguém duvida, o problema é que muitas empresas parecem ter ignorado isso e agora estão tendo que correr atrás do tempo perdido.

A presença de pequenos e médios empresários em nossos cursos sobre marketing digital é cada vez maior, disputando espaço com estudantes de marketing, publicidade e jornalismo, que sempre foram a grande maioria nesse tipo de treinamento.

A tendência é que em 2016 as pequenas empresas se rendam finalmente a mídia digital, o que deve provocar um sensível aumento da demanda por este tipo de serviço e profissionais do setor. Afinal de contas, o marketing digital para pequenas e médias empresas não é mais uma opção e sim uma imposição do mercado.

E você? Quais são suas perspectivas em termos de tendências do marketing digital em 2016?